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No Salão de Paris, 2022, Carlos Tavares, o português, líder da Stellantis, o lado do presidente francês, Emmanuel Macron não poupou nas palavras sobre a futura norma Euro 7, quando a UE pensa em banir os motores de combustão já em 2035.

Carlos Tavares, esteve no Salão de Paris para dar a conhecer as principais novidades das marcas do grupo — entre elas, o Jeep Avenger e o Peugeot 408 —, mas não poupou nas palavras sobre alguns dos tópicos quentes da indústria, nomeadamente a norma de emissões Euro 7 e o banir dos motores de combustão na UE a partir de 2035.

Sobre a Euro 7, Tavares foi decisivo: “Do ponto de vista da indústria, não precisamos da Euro 7, porque vai retirar recursos que deveríamos gastar na eletrificação.” O executivo justifica: “gastar dinheiro para desenvolver mais um passo para a combustão interna, quando já se fala em “enterra-lo” em 2028… não faz sentido. Porquê usar recursos escassos para algo que não vai durar muito tempo? A indústria não precisa disso e é contraproducente”.

As palavras de Tavares, sobre a Euro 7 ganham especialmente força após o adiamento (mais uma vez…) na semana passada da divulgação por parte da Comissão Europeia, do que será, efetivamente, a Euro 7.

Os constantes atrasos nesta divulgação — a norma deveria ter sido conhecida inicialmente no último trimestre de 2021 e desde então já foi adiado por três vezes—significa que o ano original para a introdução da Euro 7 previsto para 2025, terá de ser adiado outra vez, para 2027 ou 2028.

Considerando que a maior parte das construtoras automóveis já anunciou planos para ser totalmente elétrica a partir de 2030 — algumas marcas até antes, como a Alfa Romeo ou a Opel, que fazem parte da Stellantis —, isso significa que os motores de combustão em conformidade com a Euro 7 teriam um tempo de vida anormalmente curto até 2035, não justificando o avultado investimento,

A maior preocupação de Carlos Tavares passa pelas consequências sociais desta decisão: “A decisão dogmática que foi tomada para banir a vendas de veículos térmicos em 2035 tem consequências sociais que não são negligenciáveis”. Isto porque, como diz Tavares, a transição forçada para veículos 100% elétricos, que são mais caros que os veículos equivalentes a combustão ou híbridos, vai tornar a compra de automóvel inacessível para muitos. Completou Tavares.

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