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Quando os engenheiros da Toyota começaram a pensar no desenvolvimento de um novo Corolla para o Brasil, lembraram que o design será igual ao europeu, e terá novas tecnologias já esperadas pelo consumidor. Qual a novidade então? Um corolla híbrido também já é esperado. Ah, mas um Corolla Híbrido Flex será a grande novidade, como o primeiro no mundo. Foi aí que surgiu o novo Corolla Híbrido Flex.

Dirigindoautos avaliou o modelo Altis Híbrido topo de linha, com pacote Premium, e preço sugerido pela montadora de R$ 148.390. Pela manhã, ao entrar no Toyota Corolla Híbrido depois de ajeitar o banco e os espelhos retrovisores, você aperta e botão de partida e, aparentemente, nada acontece. Nenhum som. Mas o painel, que se acende com a palavra “ready” (pronto), indica que o Corolla Híbrido já está ligado.

Alavanca de câmbio em “D”, pé no acelerador e o sedã se movimenta normalmente, em silêncio total com a inexistência de ruídos emitidos pelo motor 1.8 a combustão. Este só entra em ação quando você pisa fundo no acelerador para ajudar a empurrar os 1.440 kg do Corolla para vencer uma rampa com um aclive bem elevado, como a garagem da redação do dirigindoautos.

O legal de dirigir um modelo híbrido, no caso o Corolla, é apreciar a alternância de motores nas diversas situações do percurso. É possível inclusive, monitorar a atuação do sistema híbrido do Corolla por meio de um diagrama na tela central do painel. Na prática, se mantiver o pé direito bem leve, o motorista pode chegar a 60 ou 70 km/h impulsionado apenas pelo propulsor elétrico . Isso em vias planas ou descidas, pois em qualquer subidinha, por menor que seja, exigirá mais do acelerador e o 1.8 flex começa a queimar combustível e ai vai-se embora a economia.

No interior o novo, moderno e bonito painel tem como destaque nesta versão avaliada a central multimídia, com tela sensível ao toque de 8 polegadas, rádio AM/FM, função MP3, entrada USB, Bluetooth e conexão smartphones e tablets por meio das plataformas Android Auto, Apple CarPlay e SDL. O equipamento é rápido e tem utilização intuitiva. As imagens da câmera de ré são exibidas na tela do aparelho, mas curiosamente em um modelo bem evoluído como este, não há sensores com alerta sonoro.

O espaço interno é um dos melhores da categoria fruto da diminuição no ressalto no assoalho traseiro que dá a impressão de que o novo Corolla cresceu, permitindo que cinco adultos possam se acomodar no interior com mais conforto. Os ocupantes do banco traseiro se beneficiam também do vão entre eles e o teto. Os bancos desta geração do Corolla, a 12ª, exibe um dos melhores acabamentos do segmento, em especial nesta versão top de linha Altis, tenha ela ou não o sistema híbrido.

O painel e as quatro portas têm muito material emborrachado, macio ao toque, e exibem arremates e costuras bem-feitas. Como nem tudo é perfeito, as duas únicas críticas vão para as arcaicas alavanquinhas para abrir o tanque de combustível e o porta-malas e para os comandos dos vidros elétricos sem iluminação que persistem nos modelos Corolla.

Motores:
Nos modelos híbridos é comum a potência combinada, mas não é a soma dos valores totais gerados pelos dois propulsores: Neste caso são “apenas” 123 cv. Só o motor a combustão entrega 101 cv a 5.200 rpm, abastecido com etanol e 14,5 kgfm. O mesmo ocorre com o elétrico no torque combinado, no caso o de combustão é de 14,5 kgfm. Já no elétrico disponibiliza 72 cv e 16,6 kgfm.

Vale lembrar que como os motores elétricos não estão posicionados nas rodas, não se deve somar as duas potências para obter o valor total. O Corolla híbrido tem bom desempenho, mas nas arrancadas sente-se um certo “lugging” (entre o acionamento do acelerador e a demora na ação), principalmente ajudado pela típica atuação do câmbio CVT, que mantém a rotação do motor a combustão constante. Não há simulação de marchas e, portanto, tampouco borboletas no volante para comandá-las.

O Corolla Híbrido 2020 conta com o inédito sistema híbrido flex. O motor 1.8 de ciclo Atkinson, (identificado pleo contorno azul no logo) originalmente movido a gasolina, passou por modificações para receber etanol, gasolina ou a mistura dos dois em qualquer proporção. Segundo a fabricante, o desenvolvimento foi um trabalho conjunto entre a engenharia brasileira e a japonesa. Adicionaram sistema de aquecimento do etanol para partida a frio e trocaram as sedes das válvulas por material mais duro.

O sistema de controle do motor foi recalibrado em relação ao movido só a gasolina e com isso trocaram o sistema de tratamento de gases (catalisador) e os bicos injetores. Também todo o sistema de combustível (tanque, bomba, filtros de linha e tubulações) foi preparado para receber o combustível derivado da cana de açucar

O sistema híbrido, (identificado pleo contorno azul no logo) utiliza dois motores elétricos, que passaram por ajustes no programa para partidas a frio com temperaturas abaixo de 15 °C. Quando o motor a combustão utilizar misturas superiores a 85% de etanol (E85) o motor a combustão é sempre acionado e o sistema de desligamento automático (Start&Stop) é desativado até que a temperatura do motor e do lubrificante esteja nas condições ideais.

O câmbio é o Hybrid Transaxle, sem correias e polias utilizadas em um CVT. O efeito das relações contínuas acontece por causa do movimento relativo entre o motor a combustão e os elétricos. No conjunto há um redutor com um dispositivo de divisão de potência. Ele comuta o fornecimento de potência entre o motor a combustão e os elétricos.

Impressões ao dirigir: Além de mostrar bom desempenho em acelerações e retomadas, o Corolla Híbrido Flex também tem um sistema de freios bem ajustado. O Corolla 2020 Híbrido tem uma ótima dirigibilidade, ajudada pela suspensão — independente na traseira e entrega mais conforto aos ocupantes, quando passa por valetas, buracos e lombadas, além de maior estabilidade nas curvas. A direção eletro assistida progressiva está bem ajustada, quando entende é necessário menor esforço para realizar uma manobra de estacionamento e se torna firme nas curvas. As rodas são de 17 polegadas e os pneus 225/45 R17.

Os freios com ABS são bastante sensíveis, mas bem ajustados com discos ventilados na dianteira e discos sólidos na traseira. Pelo preço de R$ 140. 690, a Toyota disponibiliza a versão Altis equipada com motor só a combustão 2.0, com mais equipamentos de série, com o pacote de segurança ativa (Toyota Safety Sense), que no caso do híbrido é opcional na versão prêmio pack, pelo valor extra de R$ 8.000,00. A pergunta que fica é? Vale a pena ter um Corolla híbrido? Como as compras, muitas vezes são feitas pela emoção e sem esquecer que o novo modelo conta com motor moderno e eficiente na economia de combustível… então, VALE!!!

Concorrentes:

Seu principal concorrente é o Honda Civic Touring equipado com motor 1.5 turbo gasolina, com preço inicial de R$ 142.200, já incluso o valor do frete. Já a pintura metálica ou perolizada tem um acréscimo de R$ 1.700.

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