Veloster: Um “esportivo”, que andando parece parado, pode ser enterrado pela Hyundai.
O Hyundai Veloster, modelo importado da Coreia pelo grupo Caoa causou furor no Brasil em 2011. Antes de seu lançamento oficial, em novembro daquele ano, já havia fila de clientes nas concessionárias. Meses antes de o carro ganhar vida no país. Antes mesmo do desembarque por aqui, várias unidades já estavam reservadas, vendidas e até pagas, mesmo sem ver o carro fisicamente, só por fotos, consumidores pagaram antecipadamente por um modelo coreano, supostamente esportivo.
Mas com a chegada do hatch cupê as lojas brasileiras ” O príncipe virou sapo”. A Caoa prometia um carro com potência de 140 cv, utilizando um motor 1.6 com injeção direta de combustível, mas na realidade tinha um propulsor 1.6 com injeção convencional que oferecia apenas 128 cv.
Na época, segundo testes de pista realizado pela revista brasileira Quatro Rodas, o Veloster atingia de 0 a 100 km/h em 12,8 segundos. Como comparação a van Vito da Mercedes-Benz, um veículo de 8 passageiros e 5,3 m de comprimento, foi capaz de cumprir a mesma prova em 11,2 segundos.
Descontentes com o desempenho de um modelo que se propunha ser esportivo, muitos consumidores entram na justiça contra a importadora, por propaganda enganosa. Aqui um caso em que a Caoa foi condenada a ressarcir (certamente), um ex-cliente que havia adquirido um Veloster no Brasil. A empresa a época foi condenada a pagar R$ 25.334,44 em reparação por danos materiais ao autor do processo.
Depois de 11 anos de vida e aparentemente sem entregar o sentimento esportivo desejado, segundo reportagem publicada na coreana Hankyung, sem confirmação oficial, a Hyundai Motor Company está descontinuando completamente a marca Veloster para se dedicar exclusivamente ao sedan Elantra, que agora ganha versão esportiva com a marca N
Na publicação da Hankyung cita a preferência do mercado – tanto local quanto global – pelo Elantra N, já os números do moribundo Veloster N, mostra que a montadora tem vendido menos unidades do esperado, o que indica um golpe fatal na nomenclatura Veloster, que de velocidade não tem nada.
