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Situado entre o Mobi, modelo de entrada da Fiat, e o hatch Argo, o Uno não tem a mesma atenção da montadora de anos atrás, quando no início da década de 1990 abriu as portas do mercado para a versão popular 1.0, carburador eletrônico e provocando a diminuição do IPI, quando praticamente não tinha concorrentes, nadando em “águas mansas” liderando os números de vendas por muito tempo.

Com o Uno, o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) foi usado para incrementar as vendas de modelos mais baratos, inclusive no início de 1990, obrigando o governo a baixar a taxa de 35% para 20% . O Uno foi fundamental para o surgimento de um movimento em prol dos modelos populares 1.0, melhorando o setor industrial que até então tinha a capacidade ociosa, inclusive importando para Itália, país sede da Fiat.

Em 2010 a Fiat tornou o Uno a estrela da marca com o lançamento na Bahia desenvolvido pelo diretor de design Peter Fassbender, baseado na plataforma do então novo Panda europeu com design invejado até para os padrões do consumidor do velho mundo. O novo Uno recebeu a incumbência de melhorar a rentabilidade da fabricante de Betim (MG) abastecendo todo os mercados da nossa região, latino-americano. O novo Uno era equipado com os motores 1.0 Evo e 1.4 Evo, ambos de oito válvulas.

Os propulsores eram produzidos pela FTP (Fiat Powertrain Technologies) do Grupo Fiat. O novo Uno segunda geração abastecido com motor 1.0 de quatro cilindros não acompanhava a modernidade do carro, sendo lento e gastão. Na Serra da Cantareira, por exemplo, onde resido, tem um aclive de quase 900 metros de altura, com o Uno 1.0 Evo era difícil romper esse obstáculo. No começo da subida era preciso engatar a primeira marcha e encostar para não atrapalhar os outros motoristas. Percorrer aquele trecho com o novo Uno 1.0 Evo era sofrível, fazia a gente até esquecer que estava dentro de um carro bonito e moderno.

Em 2017 Fassbender melhorou ainda mais o design do Uno com muitas e novas tecnologias, novo painel, com computador de bordo, bancos mais confortáveis com novos tecidos, suspensão mais macia e robusta, na dianteira tipo McPherson, roda tipo independente e molas helicoidais. Na traseira, usa tipo eixo de torção, roda tipo semi-independente e molas helicoidais. Os freios têm distribuição de frenagem e ABS. Já o motor montado em Betim (Foto abaixo) é o novo firefly 1.0 três cilindros, que despeja 77 cavalos de potência máxima e um invejável 10,9 kgfm de torque e um bom consumo de 9,1 km/l no urbano e 13,2 km/l na estrada.

Subir a Serra da Cantareira, aquele mesmo trecho íngreme, agora ficou fácil. Com o novo Uno drive, ao contrário de encostar para não atrapalhar os outros motoristas, agora deixo muitos para trás. Em 2020, quando comemora 36 anos de Brasil e com tudo caminhando para ter o melhor Uno da história da Fiat, os responsáveeis pelo marketing parece não se dar conta da joia preciosa que tem, dando pouco, ou quase nenhuma atenção ao ótimo Uno 1.0 três cilindros.

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